JONY BARROS
PABLO RODRIGO
PABLO RODRIGO
Manifestações, caravanas, torcidas e discussões é o
que mais vimos e ouvimos nos últimos meses no Brasil. Tudo por conta da crise
política e econômica que se instalou no país e se tornou a única e exclusiva
pauta do Congresso Nacional, culminando na instalação do processo de
impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e acompanhado de perto pela imprensa e pelo povo brasileiro.
Seja na internet, em casa ou na roda de amigos, o tema é sempre o mesmo: você é favor ou contra o impeachment?
Com tudo isso, as ruas se dividiram entre os
favoráveis e os contrários à destituição da primeira mulher presidente do
Brasil. Em Mato Grosso, cerca de 10 ônibus irão a Brasília para acompanhar o processo de votação na Câmara dos Deputados no próximo domingo (17.04), a partir das 14 horas.
A Federação da Agricultura e Pecuária de MatoGrosso (Famato) e outras entidades do setor do agronegócio no Estado partem
neste fim de semana em caravana para pressionar os parlamentares a votarem favoravelmente ao impeachment. Já a caravana da
Frente Brasil Popular de Mato Grosso também parte para a capital federal, só
que contra o impedimento da presidente. Os dois movimentos já realizaram
diversas manifestações no Estado nos últimos meses, desde quando foi instalada a "comissão do impeachment" para analisar a denúncia contra a chefe do Estado
brasileiro.
Para o estudante do segundo semestre de História,
Daniel Sebba, ele não vê o processo de impeachment como um golpe, mas também
não acredita que o vice-presidente Michel Temer seja a solução e que se trata apenas de compromissos políticos, sem vantagens para a população. Portanto, é
contra o impeachment.
Já a estudante Gabriela Garcia, do 3º semestre
de História, é favorável ao processo de impeachment principalmente pelos
fatores econômicos, que fizeram com que o país entrasse em crise, e a desestrutura
do atual governo. Defende uma mudança geral e que a democracia aqui instalada que foi capaz
de eleger a presidente também tem a legitimidade de tirá-la do poder.
Os 65 deputados federais que compunham a "Comissão Especial do Impeachment" participaram da votação na última segunda-feira (11), quando 38 votaram
favoráveis pela admissibilidade da denúncia contra a presidente e 27,
contrários. Independente do resultado da Comissão, a votação iria a plenário para a escolha, em dois turnos, dos 513 deputados federais.
A bancada federal mato-grossense conta com oito deputados federais que
participarão da votação, sendo que, atualmente, cinco se manifestaram favoráveis ao impeachment e três, contra. Os deputados federais contrários ao
impeachment são Ságuas Moraes (PT), Valtenir Pereira e Carlos Bezerra (ambos do
PMDB). Os que vão votar a favor são Nilson Leitão (PSDB), Adilton Sachetti
(PSB), Fábio Garcia (PSB), José Augusto Curvo, o “Tampinha” (PSD) e Victório
Galli (PSC).
Caso o impeachment seja aprovado na Câmara, o processo vai ao Senado Federal. Lá, vota-se um parecer, indicando se o processo segue para o plenário ou é arquivado. Se a maioria simples (41 votos) optar pelo seguimento, a presidente é afastada por 180 dias. O processo, então, vai a plenário e precisa da aprovação de 2/3 da casa. Menos que isso, a presidente volta ao cargo imediatamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário