quinta-feira, 14 de abril de 2016

Impeachment: a favor ou contra?

JONY BARROS
PABLO RODRIGO

Manifestações, caravanas, torcidas e discussões é o que mais vimos e ouvimos nos últimos meses no Brasil. Tudo por conta da crise política e econômica que se instalou no país e se tornou a única e exclusiva pauta do Congresso Nacional, culminando na instalação do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e acompanhado de perto pela imprensa e pelo povo brasileiro.

Seja na internet, em casa ou na roda de amigos, o tema é sempre o mesmo: você é favor ou contra o impeachment?

Com tudo isso, as ruas se dividiram entre os favoráveis e os contrários à destituição da primeira mulher presidente do Brasil. Em Mato Grosso, cerca de 10 ônibus irão a Brasília para acompanhar o processo de votação na Câmara dos Deputados no próximo domingo (17.04), a partir das 14 horas.

Federação da Agricultura e Pecuária de MatoGrosso (Famato) e outras entidades do setor do agronegócio no Estado partem neste fim de semana em caravana para pressionar os parlamentares a votarem favoravelmente ao impeachment. Já a caravana da Frente Brasil Popular de Mato Grosso também parte para a capital federal, só que contra o impedimento da presidente. Os dois movimentos já realizaram diversas manifestações no Estado nos últimos meses, desde quando foi instalada a "comissão do impeachment" para analisar a denúncia contra a chefe do Estado brasileiro. 


Para o estudante do segundo semestre de História, Daniel Sebba, ele não vê o processo de impeachment como um golpe, mas também não acredita que o vice-presidente Michel Temer seja a solução e que se trata apenas de compromissos políticos, sem vantagens para a população. Portanto, é contra o impeachment. 

Gabriela Garcia tem 20 anos e é estudante de História na UFMT
(Foto: Pablo Rodrigo)
Já a estudante Gabriela Garcia, do 3º semestre de História, é favorável ao processo de impeachment principalmente pelos fatores econômicos, que fizeram com que o país entrasse em crise, e a desestrutura do atual governo. Defende uma mudança geral e que a democracia aqui instalada que foi capaz de eleger a presidente também tem a legitimidade de tirá-la do poder.

Os 65 deputados federais que compunham a "Comissão Especial do Impeachment" participaram da votação na última segunda-feira (11), quando 38 votaram favoráveis pela admissibilidade da denúncia contra a presidente e 27, contrários.  Independente do resultado da Comissão, a votação iria a plenário para a escolha, em dois turnos, dos 513 deputados federais.



A bancada federal mato-grossense conta com oito deputados federais que participarão da votação, sendo que, atualmente, cinco se manifestaram favoráveis ao impeachment e três, contra. Os deputados federais contrários ao impeachment são Ságuas Moraes (PT), Valtenir Pereira e Carlos Bezerra (ambos do PMDB). Os que vão votar a favor são Nilson Leitão (PSDB), Adilton Sachetti (PSB), Fábio Garcia (PSB), José Augusto Curvo, o “Tampinha” (PSD) e Victório Galli (PSC).


Caso o impeachment seja aprovado na Câmara, o processo vai ao Senado Federal. Lá, vota-se um parecer, indicando se o processo segue para o plenário ou é arquivado. Se a maioria simples (41 votos) optar pelo seguimento, a presidente é afastada por 180 dias. O processo, então, vai a plenário e precisa da aprovação de 2/3 da casa. Menos que isso, a presidente volta ao cargo imediatamente.

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