quinta-feira, 24 de março de 2016

A relação entre prática e teoria no curso de Jornalismo da UFMT

DEMETRINHO ARRUDA

Buscando reflexão sobre o curso de Jornalismo ofertado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o PPC sugere que "o profissional de Comunicação formado pela UFMT deve ser adequadamente qualificado em função das exigências do mercado de trabalho e deve estar apto a utilizar as técnicas de Comunicação Social para intervir eficazmente no quadro da realidade política, cultural e social do país". Outro ponto do PPC diz que "o egresso deve estar capacitado para analisar criticamente as práticas profissionais e sociais relacionadas aos meios de comunicação e para contextualizá-las nos campos cultural, político e econômico". 

Esse profissional deve ter uma formação versátil, com o instrumental teórico e prático adequado à atuação em diversas áreas, mas sempre observando os princípios da ética que permeiam a atividade profissional do comunicador social". Ainda sobre perfil, sobre o profissional da área de Jornalismo, pressupõe-se que estes tenham domínios específicos, como questões legais, éticas e de responsabilidade social.

(Foto: Demetrinho Arruda)
A aluna, Priscila Soares, 23, que está  no 8º semestre, fala a respeito dessa relação entre prática e teoria no mercado de trabalho, considerando que até o 4º semestre tem muita teoria. "Eu sempre falo para os meus colegas que aqui eles formam doutores, eles formam você pra fazer pós, pra você fazer doutorado ou coisa desse tipo". Na prática a aluna pontua como deficiência a falta de material, escrita, relacionamento com os veículos de comunicação, segundo ela isso tem suas vantagens e desvantagens, dizendo que "aprender teoria faz com que você saia com outra visão da faculdade. Na faculdade particular você aprende a prática, mas nem tanto a teoria". A acadêmica lamenta a falta de equipamentos na Universidade Federal, mas se sente com certo receio de encarar o mercado de trabalho na redação de TV, por exemplo. Porém, na área de assessoria de impressa em que ela já estagiou, afirma estar mais preparada e não tem receios.

O coordenador do curso, José da Costa Marques Filho, reforça a importância da aplicação da prática e das teorias da comunicação no curso e diz que isso é importante para que o aluno se forme com uma visão do mundo globalizada. 

Ele acrescenta, informando que os cursos de Comunicação, que atualmente são Jornalismo, Radialismo e Publicidade e Propaganda, estão trabalhando na revisão dos seus Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs), no intuito de estabelecer qual o perfil profissional vai ter o egresso da UFMT no que diz à sua formação humanística, política, sociológica e técnica, que deva prepará-lo para o mercado de trabalho. 

Tinho, como é conhecido nos corredores, diz também que com essa mudança vem a obrigatoriedade de estágio no curso, o que não era praticado antes dessa reformulação do PPC.

Para Paulo da Rocha Dias, docente do curso, deve-se levar em conta que "estamos num curso superior, e não em um curso técnico, a exemplo do Senai, que são cursos técnicos e ensinam as pessoas a operarem uma máquina e até produzirem tecnicamente um texto. Também na universidade se têm cursos técnicos, que são os cursos de Tecnologias de Lacticínios, Tecnologias de Alimentos, são cursos de dois anos que formam pessoas eminentemente técnicas".


Sobre o curso de Jornalismo, Paulo diz que se trata de um curso de natureza técnica misturado com natureza acadêmica. Segundo ele, "nosso curso não é uma abstração, uma filosofia, mas ele tem natureza acadêmica, ele tem conhecimento acumulado".

Para finalizar, Marluce Scaloppe, também professor do curso, resume que o aluno dentro da universidade pode aliar prática e teoria de forma que saia daqui formado como um profissional com a responsabilidade adequada que se exige do de uma área tão relevante para a sociedade, como deve ser um profissional de Jornalismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário