sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A cultura negra e muito do que somos

ISABELA MEYER
No início da colonização brasileira, os negros foram aprisionados e trazidos ao Brasil, principalmente pelos portugueses, como mão de obra escrava. Além do trabalho, eles contribuíram com alguns aspectos enraizados hoje na nossa cultura, como música e dança, no que condiz ao maracatu e ao samba; na culinária, da feijoada de domingo em muitas casas brasileiras; e na religião, como o candomblé e umbanda, que sofrem muita discriminação.


No vídeo abaixo, o estudante de Jornalismo, Leandro Nogueira da Silva, 32, comenta um pouco sobre o Vale do Amanhecer e outras religiões de matriz africana e a relação da sociedade brasileira com elas.



Participante do Vale do Amanhecer desde o final de 2013, ele afirma que “encontrou tudo o que buscava”, mas muito ainda precisa ser feito para que a população quebre a barreira do preconceito. 

“Sou cristã, mas isso não me dá o direito de sair por aí cometendo agressões contra meus irmãos e justificando justiça da palavra de Deus", afirma a jornalista Luciana Souza. “Se faço isso, já estou descumprindo os mandamentos que sigo”, conclui.
  
A jornalista Luciana Souza, que afirma ser contra o preconceito sofrido por outras religiões
[Foto: Facebook]
A universidade tem desenvolvido um papel fundamental junto a essas questões, com ações que integram grande parte dos elementos da cultura afro-brasileira com danças, culinária e muita arte.

No dia 19 de novembro, véspera de feriado do Dia da Consciência Negra, aconteceu o Armazém da Consciencia Negra, no bosque do Teatro Universitário da UFMT. No dia 20, feriado, a partir das 16 horas, ocorre o 20 de novembro na UFMT: Resistir, existir e ocupar, evento organizado pelo Coletivo Negro da Universidade com o intuito de celebrar a contribuição da cultura negra para a nossa sociedade, que, entretanto, não a valoriza como deveria. 

Para a pedagoga Janaína Tomé, eventos como esse dentro da universidade “são de suma importância para que nos lembremos de onde viemos, nossa história, nossa raiz. Que fazemos parte dessa cultura, que somos brancos, índios e, sim, somos negros. Isso é ser brasileiro”. 

A pedagoga Janaína Tomé acredita que devemos orientar e mostrar a importância da valorização da cultura negra, expondo sua história e riquezas
[Foto: Facebook]

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