quinta-feira, 7 de maio de 2015

Estudantes da UFMT demonstram solidariedade aos professores do Paraná

ANA PAULA DOS SANTOS
BRUNA ULIANA

Cartaz exposto no Instituto de Linguagens da UFMT - Campus Cuiabá
[Foto: Ana Paula]
Um confronto entre professores manifestantes e policiais deixou mais de 100 feridos no último dia 30, em Curitiba. Desde então, o assunto ganhou grande repercussão em todo o Brasil. Em meio a boatos de greve, professores e alunos do campus da Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT] em Cuiabá se mostraram indignados com o ocorrido e solidários aos professores paranaenses.


“É direito do professor reivindicar melhores salários, assim como os docentes das universidades federais vão fazer agora”, opina Rafael Cancian, estudante do 5º semestre de Jornalismo da UFMT. Segundo ele, houve excessos e violência na forma como a manifestação foi contida pelos policiais. “É uma coisa inadmissível o professor, que pertence a uma classe de trabalhadores, ser tratado como um bandido, pior que bandido”.

Julia Oviedo e Rafael Cancian, estudantes de Jornalismo da UFMT/Cuiabá
[Foto: Bruna Uliana]
Julia Oviedo, também estudante de Jornalismo na UFMT, se diz indignada com a postura como a polícia lida com protestos de qualquer classe. “As manifestações, independente do viés que elas têm, partem da prerrogativa de que qualquer cidadão tem direito à liberdade de expressão e a reivindicar seus direitos. E quando se ataca principalmente os professores é ainda mais inadmissível, porque eles participam ativamente da formação da sociedade”, diz. A aluna também observa que há um despreparo do Estado em relação a essas questões e que a postura da polícia é um reflexo disso.


Os professores paranaenses estão em greve desde o dia 25 de abril e protestavam contra a ParanáPrevidência, projeto de lei que promove mudanças na previdência social dos servidores estaduais, aprovado em 29 de abril. No confronto do dia seguinte, os professores foram contidos com balas de borracha, bombas de efeito moral e ação de cães da PM, que agia sob ordens do governador Beto Richa (PSDB) e do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini.

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