quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Natal deste ano traz percepções diferentes entre lojistas e consumidores

ANDRÉ FAUST/CARLOS HENRIQUE

O espírito do Natal se espalha por todo o mês. As casas e as lojas começam a ser enfeitadas. São muitos pinheirinhos decorados, embrulhos de presente, presépios e uma quantidade incontável de luzes coloridas. Tudo isso em preparação para o dia 25 de dezembro, dia de trocar presentes. Para a contadora Gerlane Neves, "o importante é não esquecer de presentear nessa época, independente do tamanho do presente".

Os shoppings já entraram no clima com a decoração
[Foto: André Faust]

No seu trabalho, as coisas melhoraram. Então, este ano o Natal vai ser mais gordo. Mas isso não é verdade para todos. Andréia Rocha, auxiliar de enfermagem, tem uma lista grande para presentear, entre parentes e amigos, mas os presentes vão ser mais baratos. De acordo com estudo da consultoria Deloite, a previsão para esse ano é que o consumo seja igual ou inferior ao do ano passado.

Ao menos por enquanto, o movimento de compradores ainda é baixo
[Foto: André Faust]

Do lado dos lojistas, o otimismo é maior. Apesar da maioria dos consumidores deixar para fazer as compras a partir da metade do mês, muitas lojas já estão renovando seus estoques e esperando por mais produtos todos os dias. É o que afirma o vendedor Luis Fernando Monteiro, de uma rede de calçados. Mônica Beatriz Silva, vendedora em uma joalheria, diz que, tradicionalmente no Natal, os estoques aumentam 25% em relação ao restante do ano, e a previsão é de vender tudo até janeiro.

A expectativa dos lojistas é de que o movimento aumente a partir da metade do mês e início de janeiro
[Foto: André Faust]

Um ponto, porém, que pesa na conta tanto de lojistas quanto de consumidores, são os tributos. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação [IBPT], os impostos que incidem sobre os produtos do comércio - de alimentos [como o peru e o chester] a computadores e videogames - podem chegar a 72%

Segundo Maisa Mendes, vendedora de uma livraria, a procura por livros de romance, ficção e empresariais aumenta nesta época do ano. A carga tributária sobre esses produtos, por exemplo, alcança 15,52%, segundo o IBPT. Também por isso, a livraria se prontificou a diversificar seus produtos, investindo em papelaria e material para escritório nas opções de presentes.

De qualquer forma, o Natal trará uma bem-vinda 'esquentada' no comercio. Mesmo que as expectativas dos lojistas se provarem otimistas demais, os consumidores certamente não deixarão a confraternização de lado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário